TERMOS USADOS EM RADIOLOGIA
TERMOS GERAIS
Usados no posicionamento radiológico, são definidos e
ilustrados para esclarecer significados e definições.
RADIOGRAFIA X FILME DE RAIOS X:
Uma radiografia é um filme de raio x contendo uma imagem
processada de uma parte anatômica.
Um filme é um pedaço de material plástico sobre o qual a
imagem será fixada.
Quando se diz radiografia, fala-se do filme e da imagem nele
contida, já quando de diz “filme” fala-se do filme sem a
imagem radiográfica.
EXAME RADIOGRÁFICO:
Um exame radiográfico simples inclui cinco funções básicas:
Identificar o paciente;
Posicionamento do paciente;
Seleção das medidas de proteção radiológicas;
Exposição;
Processamento ou revelação .
CHASSI OU MAGAZINE:
O chassi é um compartimento (caixa) apropriado para alojar o
filme, internamente é revestido pelo ECRAN.
O chassi e o filme possuem medidas apropriadas e adequadas
as necessidades do serviço. As medidas mais comuns são:
13X18, 18X24, 24X30, 30X40, 35X35, 35X43.
ECRAN:
Funciona como agente emissor de luz visível ao ser iluminado
pelos raios x. Geralmente são cobertos com uma resina de
proteção sob a camada emissora,existe outra camada, a branca
com propriedade refletora.
RADIOTRANSPARENTE:
Diz-se material radiotransparente, todos matérias não
resistente a passagem dos raios x, não havendo dificuldades
para impressionar o filme, o exemplo são os plásticos,
madeira de compensados, isopor e etc.
RADIOPACOS:
São os materiais que oferecem resistência aos raios x, como
por exemplo, os metais de maior número atômico (ferro, aço,
etc) , e também algumas estruturas como os ossos.
INCIDÊNCIAS:
Incidência é um termo de posicionamento que, por definição,
descreve a trajetória do raio central, projetando uma imagem
no filme radiográfico.
PLANOS E CORTES
POSIÇÃO ANATÔMICA:
Uma posição de pé aduzidos (abaixados) e retos, palmas para
frente com os dedos para baixo. Esta posição especifica do
corpo é usada como referência para todos os termos de
posicionamento.
O corpo deve ficar o mais ereto possível, e todo o plano
frontal deve estar alinhado.
PLANOS SAGITAIS:
Podemos dizer que plano sagital é uma linha imaginária que
divide o corpo em duas partes, direita e esquerda. Chama-se
sagital por causa da sutura sagital do crânio.
O plano médio-sagital ou plano mediano é um plano sagital
que demarca a linha média do corpo, ou seja, divide em
partes exatamente iguais em direita e esquerda, por tanto
qualquer plano paralelo ao plano médio-sagital é denominado
somente de plano sagital.
PLANOS CORONAIS:
Este plano divide o corpo em partes anterior e posterior.
Chama-se coronal por causa da sutura coronal do crânio.
O plano médio-coronal divide o corpo em partes exatamente
iguais em anterior e posterior, qualquer outro plano
paralelo a este é somente plano coronal .
PLANO TRANSVERSAL, AXIAL OU HORIZONTAL:
Qualquer plano que passa através do corpo formando ângulo
reto com os planos sagitais e coronais dividindo o corpo em
partes superior e inferior.
CORTES TRANSVERSAIS OU AXIAIS:
São feitos em ângulos em qualquer ponto ao longo do eixo
longitudinal do corpo ou suas partes.
SUPERFÍCIES DO CORPO
DORSAL OU POSTERIOR:
Refere-se à metade posterior do corpo, observa-se a pessoa
por trás, inclui a dorso das mãos e a planta dos pés.
VENTRAL OU ANTERIOR:
Refere-se a metade frontal do paciente ou à parte do corpo
observada de frente, inclui o dorso dos pés e a palma das
mãos.
PLANTAR:
Refere-se a parte posterior do pés, é a planta (parte de
baixo) dos pés.
PALMAR:
Refere-se à palma da mão, na posição anatômica seria o mesmo
que a superfície ventral ou anterior da mão.
OBS: Volar significa palma da mão e pode se referir a planta
do pé.
VOLA significa cavidade da mão ou do pé.
DORSO:
Significa topo ou costas, refere-se a parte posterior da mão
e a parte anterior do pé.
ORTOSTÁTICA:
É a posição vertical, de pé ou sentado dependendo da parte a
ser estudada.
DECÚBITO:
Significa estar deitado, ou seja, na posição horizontal.
DECÚBITO DORSAL:
Significa deitar sobre o dorso, com a face voltada para
cima.
DECÚBITO VENTRAL:
Significa deitar sobre o abdome (ventre), com a face voltada
para a mesa(porém, esta deve estar virada para o lado).
TRENDELEMBURG:
Posição em decúbito com o plano do corpo inclinado de forma
que a cabeça fique mais baixa que os pés, esta inclinação
varia entre 30 e 40 graus.
POSIÇÃO DE FOWLER:
Posição em decúbito com o plano do corpo inclinado de forma
que a cabeça mais alta que os pés em 30 graus.
POSIÇÃO DE LITOTOMIA:
Posição com os joelhos parcialmente dobrados, as coxas
aduzidas externamente, os MMII sustentados por suportes para
pernas e tornozelos.
Esta posição é muito usada na urografia retrógrada ou
posição cirúrgica para remoção de calculo renal.
POSIÇÃO LATERAL OU PERFIL:
Como o próprio nome diz, é um a posição lateral da parte a
ser estudada é demarcada pela entrada e saída do raio
central.
POSIÇÃO OBLÍQUA:
Posição inclinada ou angulada na qual o plano médio-sagital
e o plano médio coronal são perpendiculares ao filme, ou
seja, é uma intermediária entre a frente e a lateral.
Normalmente se não haver especificações esta intermediária
será de 45 graus.
POSIÇÃO OBLIQUA POSTERIOR (D ou E):
É especifica, na qual a parte posterior esquerda ou direita
esta mais próxima do filme ou receptor de imagem.
POSIÇÃO OBLIQUA ANTERIOR (D ou E):
É aquela em que a face anterior direita ou esquerda esta
mais próxima do filme ou receptor de imagem.
TERMOS DE RELAÇÃO
INCIDÊNCIA AXIAL:
Axial refere-se ao eixo transversal de uma estrutura ou
parte, em torno da qual um corpo em rotação gira ou é
disposto.
Acrescenta-se a esta os termos súpero-inferior e
ínfero-superior, descrevendo assim a direção do raio
central.
SÚPERO-INFERIOR = CÉFALO CAUDAL
ÍNFERO-SUPERIOR = CAUDO CEFÁLICO
INCIDÊNCIA TANGENCIAL:
Significa tocar uma curva uma superfície somente em um
ponto. A exemplo do arco zigomático, túnel do carpo e ponte
do carpo.
MEDIAL E LATERAL:
Tudo que se diz medial é em direção a linha média do corpo e
lateral é em direção oposta ao corpo.
PROXIMAL E DISTAL:
Proximal é próximo da origem ou inicio, em geral o que está
próximo da linha média é proximal , em relação aos MMSS e
MMII as partes mais distante do corpo são as partes distais
e mais próximas são proximais.
SIGNIFICADOS:
AP= Antero Posterior MIE= Membro Inferior Esquerdo
PA= Póstero Anterior MMSSII= Todos os Membros
RC= Raio Central INTRA= Dentro ou no Interior
MMSS= Membros Superiores INTER= Situado entre
MSD= Membro Superior Direito PMS= Plano Médio sagital
MMII= Membros Inferiores PMC= Plano Médio Coronal
TERMOS DE MOVIMENTO
FLEXÃO:
Ao fletir ou dobrar uma articulação o ângulo entre as partes
é diminuído.
EXTENSÃO:
Ao estender ou retificar uma articulação o ângulo entre as
parte é aumentado.
HIPEREXTENSÃO:
Extensão de uma articulação além da posição neutra ou ereta.
FLEXÃO ULNAR:
O ângulo entre a mão e a ulna é diminuída.
FLEXÃO RADIAL:
O ângulo entre a mão e o radio é diminuído.
EVERSÃO:
É um movimento de força para fora do pé na articulação do
tornozelo, aplicada ao calcâneo sem rotação da perna. A
superfície plantar é voltada ou rotada para fora. Essa
posição serve para avaliação de possível alongamento do
espaço articular do tornozelo.
INVERSÃO:
Um movimento de força para dentro na articulação do
tornozelo sem rotação da perna. Exatamente o oposto da
eversão.
VARO:
Descreve a curvatura de uma parte para fora ou em direção à
linha média.
VALGO:
Descreve a curvatura de uma parte para dentro ou em direção
à linha média.
OBS: Para não se confundir é só lembrar que, quem é valgo
não cavalga.
ABDUÇÃO:
Um movimento de afastamento do braço ou perna em relação ao
corpo.
ADUÇÃO:
Um movimento do braço ou perna em direção ao corpo.
Movimento em direção a linha média .
SUPINAÇÃO:
Um movimento de rotação da mão para a posição anatômica
(palma para cima).
PRONAÇÃO:
Um movimento para a posição oposta a posição anatômica
(palma para baixo).
PROTRAÇÃO:
Um movimento para frente a partir de uma posição normal.
RETRAÇÃO:
Um movimento para trás, ou a condição de ser levado para
trás.
CIRCUNDAÇÃO:
Mover em forma de círculo. Este movimento envolve uma
seqüência de:
- Flexão, abdução, extensão e adução.
TÉCNICA E IMAGEM
PERSPECTIVA HISTÓRICA DA RADIOLOGIA
Numa sexta-feira em 08 de novembro de 1895, Wilhelm Conrad
Rontgen (1845-1923), professor de física teórica na
Universidade de Wurzburg descobriu os raios X. Físico,
apesar de não ser médico, Rontgen levou sete semanas de
trabalho intensivo para redigir o célebre memorial “SOBRE
UMA NOVA ESPÉCIE DE RADIAÇÃO”, publicado no Boletim da
Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, no dia 23 de janeiro
de1896.
O ano de 1895, foi excepcional Pierre Curie casa-se com
Marie Skowoldska, Luís Pasteur falece, no subsolo do café de
Paris ocorre a primeira sessão de cinema, e o automóvel
conhece os primeiros pneumáticos, além da grande descoberta
da época, os raios X. Não foi como disseram algumas pessoas,
um achado ocasional. As pesquisas dos físicos e os
desenvolvimentos da industria elétrica (iluminação,
transporte, telefones) prepararam o terreno, Rontgen
improvisou seu aparelho com suas próprias mãos, mas com
ferramentas bem conhecidas (raios catódicos estudados em
vários laboratórios, tubos com vácuo e geradores de alta
tensão).
Na memorável noite de 08 de novembro, Rontgen se
questionava, assim como outros físicos de sua época, os
raios catódicos podem se propagar fora do tubo? Caso
afirmativo, em que distância e quais seus efeitos? Ele
também constata que, após envolver o tubo com o papelão, que
as radiações não luminosas atravessavam o vidro e papelão e
tornavam fluorescentes, à distancia um écran de
platino-cianureto de bário, essas radiações invisíveis que
saíam do tubo, eram os raios X.
Em julho de 1898, Marie Curie e Pierre Curie descobriram
“polônio” e em dezembro do mesmo ano eles descobriram o
“rádio”.
Em 1898, o primeiro uso do radio nos U.S.A., os tubos de
radio foram primeiramente usados no tratamento tumores
malignos ginecológicos ao passo que, soluções de radio foram
usados para o tratamento de artrites e gota.
Em 1928 Dr Geiger e o Dr Muller construíram e aperfeiçoaram
um tubo detector de radiação baseado em um contador
primitivo de 1906.
Em 1939 foi feito um tratamento com pacientes de câncer,
utilizando feixe de nêutrons de cycloton.
Em 1951 a primeira unidade empregando o cobalto 60 (60c) foi
usado na terapia de radiação, no Canadá.
Em 1952 o primeiro acelerador linear de elétrons designado
para a radio terapia foi instalado no Canadá.
Em 1960 foi desenvolvido o sistema de planejamento e
tratamento computadorizado.
Em 1972 Geofrey N. Hounsfield inventou o sistema de
tomografia computadorizada.
Em 1985, noventa anos após o descobrimento dos raios X, os
profissionais operadores de equipamentos de
radiodiagnósticos foram reconhecidos como profissionais
especializados, a prática profissional foi reconhecida por
lei e a profissão foi regulamentada por lei específica,
sendo criado os Conselhos Regionais de Técnicos em
Radiologia (CRTR) subordinados ao Conselho Nacional de
Técnicos em Radiologia(CONTER). .
FORMACÃO DOS RAIOS X
No momento em que os elétrons acelerados alcançam grande
velocidade e atingem um alvo metálico, sua energia cinética
se transforma em calor (99%) e raios X (1%).
Um tubo de raios X compreende:
Uma fonte de elétrons (cátodo);
Energia de aceleração dos elétrons;
O trajeto dos elétrons;
O ânodo;
O tubo.
Um filamento é aquecido, a corrente elétrica deste filamento
é medida em miliamper , e a sua variação depende a
quantidade de raios X.
Após o aquecimento do filamento (cátodo) os elétrons são
liberados e então se chocam com uma peça metálica (ânodo)
que desacelera os elétrons provocando uma explosão e
transformando a energia dos elétrons em calor e em raios X
Os raios X são raios eletromagnéticos com capacidade de
atravessar o corpo com facilidade atenuando de acordo com
densidade das estruturas corporais. Ao atravessar um objeto,
os raios X dão origem aos raios secundários, proporcional a
quilovoltagem usada para sua formação.
FATORES RADIOGRÁFICOS
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO:
O objetivo dos Técnicos em Radiologia não deve ser apenas
fazer uma radiografia passável ou diagnóstica na qual
estejam evidentes apenas alterações patológicas, mas
produzir uma imagem ótima que possa ser avaliada por um
padrão previamente definido por um conceito próprio.
DENSIDADE:
É grau de enegrecimento da radiografia processada, quando
maior o grau de enegrecimento, maior o grau de densidade e
menor a quantidade de luz que atravessará a radiografia
quando colocada de frente a um negatoscópio.
CONTRASTE:
É a diferença de tons de cinza entre as densidades do filme.
Constitui o fator que torna visíveis a forma e os detalhes
das estruturas em estudo. Há duas variedades de contraste:
ESCALA LONGA – no qual há uma longa seqüência de tons, desde
o quase branco até o quase preto, também é conhecido como
escala de cinza”;
ESCALA CURTA – no qual há menor número de tonalidades entre
o branco e o preto, produzindo radiografias brilhantes.
DETALHE:
É a fidelidade das imagens obtidas, as quais devem-se
apresentar nítidas ao examinador. Verifica-se uma
interdependência entre as três qualidades, as radiografias
com densidade excessiva impede a absorção do contraste, e o
detalhe será mal observado se contraste for de proporção
excessiva (curto ou longo).
Portanto, no que diz respeito a visibilidade das imagens, o
detalhe depende do contraste e o contraste depende da
densidade.
FATORES QUE MODIFICAM A QUALIDADE DAS RADIOGRAFIAS:
mAs (miliamper-segundo):
O miliamper-segundo é o produto batido com a fusão do tempo(seg)
com o miliamper(Ma). Compreende-se que, é a quantidade de
raios X durante a exposição, sendo ele o grande responsável
pela escala de cinza.
Kv (quilivolts):
O quilovolts significa mil volts, portanto 80 Kv significa
80 mil volts, um valor alto levando em consideração a
voltagem residencial que utilizamos (220. ou 110). No raio X
o Kv representa a velocidade do impacto dos elétrons
liberados do cátodo(-) contra o anodo(+), diz-se também que
é a potência dos raios X durante a exposição.
No ato da exposição a quilovoltagem atinge o pico de
potência, daí a representação por Kvp (expressão mais usada
pelos americanos).
DFoFi:
Modifica a densidade do detalhe. A densidade do filme
aumenta quando aproximamos o tubo de raios X da parte a ser
radiografada e diminui quando afastamos. Este fato é
conseqüência da lei do inverso do quadrado da distância.
Quanto mais distante da fonte, menos intenso é o feixe de
raios X, enquanto que, mais próximo, mais intenso.
OBS: O aumento na DFoFi possui o benefício de diminuir a
ampliação e a distorção da imagem, aumentando o detalhe.
Observe o desenho abaixo:
DOFi:
O aumento da DOFi amplia a imagem e prejudica o detalhe,
alargando a penumbra.
OBS: Ao optar por usar o foco fino, pode-se, obter uma boa
imagem mesmo com a ampliação.
TEMPO DE EXPOSIÇÃO:
O uso do tempo de exposição curto evita perda do detalhe
quando o paciente ou algum órgão está em movimento. O tempo
longo exige completa imobilização do paciente, isso
possibilita uma ótima definição óssea, porém o tempo longo é
prejudicial ao aparelho e principalmente ao paciente.
CONES OU COLIMADORES:
Reduzem bastante a produção de radiação secundária,
restaurando o contraste e evitando a penumbra. Deve-se levar
em conta que, ao se eliminar essas radiações prejudiciais, a
quantidade total de radiação que chega ao filme é menor,
reduzindo a densidade desnecessária.
POSIÇÃO DO ÂNODO:
A parte do filme que corresponde ao lado do ânodo recebe
menor quantidade de radiação, tornando-se menos densa. Este
fato conhecido como efeito anódico é mais evidente quando se
usa filme longo.
Observe o desenho abaixo:
ELETRONS ÂNODO
CÁTODO
FILAMENTO
120% 100% 80%
RC
EFEITO ANÓDICO
GRADE ANTI-DIFUSORAS:
Modificam o contraste e a densidade, reduzem a densidade
porque constituem um obstáculo á passagem dos raios X e
melhoram o contraste porque eliminam a radiação
desnecessária para formação da imagem.
IDENTIFICAÇÃO DA RADIOGRAFIA:
A identificação do paciente é fundamental, seja por nome ou
número, por isso deve-se dar total atenção aos
identificadores.
A regra universal é que, a identificação fique sempre a
direita do paciente, devendo ser colocada de acordo com a
posição anatômica do paciente, se o objeto a ser examinado
for posicionado em PA, a identificação também será colocada
em PA.
Sempre que o paciente for posicionado em ortostática (em pé)
a identificação será colocada na parte superior do chassi, e
se o paciente estiver em decúbito a identificação ficará na
parte inferior do chassi. Isso se aplica nos raios X de
abdome, tórax e coluna.
FATORES DE EXPOSIÇÃO:
Um estudo completo das técnicas radiológicas inclui todos os
fatores ou variáveis relacionados à precisão da reprodução
das estruturas e tecidos radiografados ou em outros
receptores de imagem.
As três variáveis que podem ser ajustadas no painel de
controle do aparelho de raios X são:
Kv
mA
Seg
A miliamperagem e o tempo, geralmente são combinados em uma
fusão, isso acontece com a multiplicação dos valores, dessa
multiplicação cria-se o mAs, esse valor é obtido nas
fórmulas, a partir deste resultado efetua-se um novo cálculo
para obter o mA e o Seg. O mAs (mA e Seg) é o fator que
determina a quantidade de raios X durante a exposição.
Para adequar essas variáveis ao volume dos objetos existem
as seguintes fórmulas.
Para obter o Kv : Para obter o mAs:
Kv = Esp x 2 + C mAs = Kv x Co
Onde:
C = constante do aparelho Logo, a constante do aparelho
varia em
Co = constante do objeto osso = 1,0
Esp = espessura do objeto pulmão = 0,08
Partes moles = 0.5
Para obter o tempo (Segundo) é preciso determinar o valor do
mA, para isso vamos considerar que:
MMSSII = 100mA
Corpo = 200mA
Pulmão = 300mA
Normalmente usamos a palavra “FOCO” para definir o mA. Os
aparelhos convencionais costumam ter foco de 50, 100, 200,
300 e 500, podendo variar de marca para marca, pois alguns
aparelhos contam com o foco de 150 e 600mA.
Para obter a separação do mA e o Seg. precisamos determinar
o foco ideal e utilizar a seguinte fórmula:
Sabemos que:
mAs = mA x Seg
Logo:
Seg = mAs / mA
Ex: Raio X de coluna lombar
Kv = Esp x 2 + C mAs = Kv x Co Seg = mAs /mA
Kv = 24 x 2 + 20 mAs = 68 x 1,0 Seg = 68 / 200
Kv = 48 + 20 mAs = 68 Seg = 0,34
Kv = 68
Então teremos a seguinte técnica:
68 Kvp 200 mA 0,34 Seg
Podemos ainda, modificar a técnica de acordo com a
necessidade ou a opção pessoal de cada técnico.
Para compensar, dizemos que, de 10 à 13 Kv equivalem ao
dobro do mAs, isso significa que ao modificar o mAs somente
uma variável estará sendo modificada, ou seja se dobrar o
tempo, o mA não será modificado.
Ex:
68 Kvp 58 Kvp 58 Kvp
200 mA = 200 mA = 400mA
0,34 Seg 0,68 Seg 0,34 Seg
Então podemos concluir que, se aumentarmos em mais 10 ou 13
Kvp, teremos que diminuir a metade do mAs, ou a metade de um
dos seus elementos (mA ou Seg).
Ex:
68 Kvp 78 Kvp 78 Kvp
200 mA = 100 mA = 200 mA
0,34 Seg 0,68 Seg 0,17 Seg
Para finalizar este estudo, vamos observar que, a metade do
mA é igual ao
dobro do tempo, e o dobro do tempo é igual a metade do mA.
Ex:
68 Kvp 68 Kvp 68 Kvp
200 mA = 100 mA = 400 mA
0,34 Seg 0,68 Seg 0,17 Seg
CONDUTA PROFISSIONAL
ÉTICA PROFISSIONAL:
O Técnico em Radiologia Médica é um profissional da área
médica e um membro importante da equipe de saúde,
responsável pelo exame radiográfico dos pacientes. Isso
requer não apenas amplo conhecimento da anatomia humana, mas
conhecer os princípios básicos de formação de imagem e de
proteção radiológica, e acima de tudo, conhecer o
significado de ser um profissional responsável pelos
pacientes sobre seus cuidados, ou seja, ser responsável por
suas ações dentro de um código de ética especifico.
Esse código de ética é o maior reconhecimento da tecnologia
radiológica como uma profissão, indicando responsabilidades
por suas ações e comportamento, aumentando as
responsabilidades dos técnicos em radiologia.
O termo “’ETICA” refere-se, em geral, aos princípios morais
de comportamento dos indivíduos. Especificamente, um código
de ética descreve as regras de conduta aceitável em relação
a outros, como definido em algumas profissões. Como
profissional da área médica, o TR deve seguir um código
rígido de conduta com absoluta honestidade no desempenho de
suas atribuições profissionais.
PROTOCOLOS:
Cada instituição radiológica, seja uma clínica, hospital ou
pronto atendimento, devem ter um protocolo e ordem de
consenso para a realização dos exames. Isso é necessário
para um sistema de trabalho ordenado e eficaz, no qual todos
os técnicos trabalhem de forma uniforme.
PRINCIPIOS DE POSICIONAMENTO
BIOTIPO:
A escolha do tamanho do filme e o modo de se posicionar um
paciente requer um conhecimento das variações comuns da
forma do corpo (biotipos).
O corpo humano pode ser classificado de quatro maneiras
distintas, essa classificação é denominada de biotipo, e os
quatros biotipos são:
Hiperestênico: É mais atarracado e maciço, a cavidade
torácica é lagarga e profunda de frente para traz com uma
dimensão vertical curta, indicando um diafragma alto, com a
parte superior do abdome muito larga, afetando a localização
de órgãos da cavidade abdominal.
Estênico: Entre a população é o mais próximo da média, é
ligeiramente atarracado e freqüentemente musculoso. Os
órgãos torácico e abdominais estão mais próximos do normal.
Hipoestênico: Assim como o estênico, também é o mais próximo
da média, porém, é mais magro e as vezes mais alto, no
entanto a vesícula e o estomago estão mais baixos e estão
mais próximos da linha central.
Astênico: Este biotipo é magro ao extremo com a cavidade
torácica estreita e rasa, porém sua dimensão vertical é
longa, indicando um diafragma baixo com a parte superior do
abdome mais estreita no topo.
Em uma visão abrangente o técnico deverá:
Ler e avaliar completamente a requisição de exame;
Identificar o paciente;
Preparar a sala (mesa, chassi e acessórios)
Preparar o paciente;
Explicar ao paciente sobre o exame e solicitar sua
colaboração;
Posicionar corretamente o paciente;
Preservar o pudor do paciente;
Proteger contra a radiação desnecessária o paciente e se
necessário o seu acompanhante;
Aplicar as técnica e expor o paciente a radiação;
Reorganizar a sala e efetuar uma boa revelação.
Obviamente, isso é somente um modelo primário das
atribuições de um protocolo sério, no qual o TR deve se
enquadrar rigorosamente, pois nele consta as normas do
serviço.
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA:
O técnico em radiologia deve ter muita preocupação com a
própria proteção e com a proteção de pacientes e
acompanhantes.
É importante ter cautela com doses permissíveis, por isso
deve ser hábito fazer uso do material de segurança
radiológica, inclusive o paciente deve ser preservado o
máximo possível, porém, a proteção não deve comprometer o
exame, pois o resultado final do exame é prioridade, mesmo
havendo a relação custo-benefício para o paciente. O
acompanhante deve permanecer na sala de exames somente
quando estritamente necessário, quando isso acontecer ele
deve estar vestido com o avental de chumbo e colar
tireoidiano.
O paciente deve estar com as partes de não interesse
protegidas do feixe de radiação.
O técnico deve sempre trabalhar com o dosímetro preso à gola
de sua camisa. Esse instrumento é a principal ferramenta
para o controle das doses de radiação.
POSICIONAMENTO:
O profissional de radiologia deve seguir uma seqüência para
o posicionamento:
Posicionar o paciente;
Medir o objeto;
Posicionar o objeto de interesse;
Posicionar o filme.
INCIDÊNCIAS
INCIDÊNCIA DE ROTINA:
As incidências de rotina são básicas, portanto, podemos
concluir que são essenciais para qualquer inicio de estudo
radiográfico, por isso serão sempre as primeiras a serem
executadas.
INCIDENCIA ALTERNATIVA:
Como o próprio nome diz, é uma segunda opção, uma substituta
caso a primeira não possa ser efetuada e por isso não deve
ser feita junto com a principal. O TR deve optar entre uma e
outra de acordo com as condições de cada situação.
INCIDÊNCIA ESPECIAL:
Estas incidências também podem ser chamadas de
complementares, porque após serem feitas as incidências de
rotina, poderão ser solicitadas as incidências
complementares (especiais), isso por que este tipo de
incidência irá acrescentar informações ao estudo
radiológico.
PONTOS DE REPAROS
Papa um bom posicionamento é necessário conhecer alguns
pontos de referência do corpo humano. Agora vamos tratar o
ponto de referencia como ponto de reparo.
Na palpação é possível observar muitos desses pontos. Vamos
estudar os principais pontos de reparo no esqueleto, porém é
bom salientar que, alguns desses pontos devem ser palpados
com cautela, pois podem causar constrangimento ao paciente,
a sínfise púbica está em um local um tanto delicado, assim
como o cóccix, por isso é de bom ton mater um dialogo
explicativo com o paciente, manter o paciente informado é
fundamental para uma boa colaboração durante o decorrer do
exame.
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